A maioria das vezes conseguimos identificar um adjetivo, mas nem sempre entendemos realmente como essa classe funciona. Aqui neste artigo vou compartilhar com você tudo sobre essa classe e como ela é usada. Isso vai ajudar você a ter mais segurança na hora de escrever. Vamos lá!
O que é adjetivo?
Adjetivo é uma classe de palavras da morfologia que se refere ao substantivo indicando-lhe uma qualidade e acrescentando-lhe um novo sentido ou ideia.
Guia rápido:
Flexões:
O adjetivo está sempre acompanhando o substantivo e varia em gênero (feminino/masculino), número (singular/plural) e grau (comparativo/superlativo). Vou explicar cada uma dessas variações para você, vamos lá!
Quanto ao gênero:
Exemplo: Joana é uma guerreira corajosa.
Exemplo: Carlos é um jogador corajoso.
Nos dois exemplos acima, o adjetivo “corajoso” varia para concordar com o substantivo que acompanha. Note que no primeiro exemplo, “corajosa” está no feminino porque acompanha e modifica o substantivo feminino “guerreira”.
Já no segundo exemplo, “corajoso” foi empregado no masculino porque acompanha e caracteriza o substantivo masculino “jogador”.
Quanto ao número:
Exemplo: O céu está bonito hoje.
Exemplo: Os cravos do jardim são bonitos.
Aqui a variação é de singular e plural. No primeiro exemplo, o adjetivo “bonito” está no singular para concordar e acrescentar qualidade ao substantivo no singular “céu”.
Enquanto no segundo exemplo,“bonitos” está no plural porque concorda e modifica o substantivo no plural “cravos”. Logo, a variação do adjetivo acompanha a variação do substantivo, veja a baixo:
Substantivo feminino → Adjetivo feminino
Substantivo masculino → Adjetivo masculino
Substantivo singular → Adjetivo singular
Substantivo plural → Adjetivo plural
Quanto ao grau:
Um adjetivo pode receber variação quanto ao grau comparativo (igualdade, superioridade, inferioridade) e superlativo (absoluto ou relativo). Compreenda melhor essas variações:
Grau comparativo:
É construído pela estrutura em que está inserido o adjetivo. Veja as explanações a seguir:
Igualdade:
Para se fazer uma comparação de igualdade utiliza-se a expressão “tão…quanto” ou “como”.
Exemplo: Mariana é tão alta quanto José.
O adjetivo “alta” é modificado pela estrutura adverbial “tão…quanto” para ganhar o sentido comparativo de igualdade, conclui-se que Marina tem a mesma altura que José. Note que é a estrutura completa que traz sentido comparativo, e não só o adjetivo.
Superioridade:
Para aplicar a comparação de superioridade utiliza-se a expressão “mais…que”.
Exemplo: Mariana é mais alta que José.
Como no exemplo anterior, a estrutura adverbial “mais…que” é a responsável pelo sentido de superioridade do período. Mais uma vez, o adjetivo sozinho “alta” não é o responsável por transmitir a ideia de que José é menor que Mariana.
Inferioridade:
Para o grau de inferioridade segue-se a mesma lógica utilizada para o grau de superioridade, apenas a estrutura adverbial é modificada para “menos…que”.
Exemplo: Mariana é menos alta que José.
Neste exemplo o adjetivo “alta” é modificado pela estrutura “menos…que” que transmite a ideia de inferioridade.
Grau superlativo:
É construído por acréscimo de desinência ao adjetivo e é empregado para elevar ao máximo uma qualidade. Veja as divisões do superlativo e seu exemplos:
Superlativo absoluto:
O superlativo absoluto eleva ao máximo uma característica de um objeto ou pessoa. É construído com o acréscimo da desinência “-íssimo” ou “érrimo”.
Exemplo: Mariana é inteligentíssima.
Exemplo: Mariana é aspérrima.
Nos dois exemplos acima, as desinências são responsáveis por aumentar a qualidade expressa pelos adjetivos ao máximo.
Superlativo relativo:
O superlativo relativo é usado para evidenciar a característica de um componente em relação ao todo. É formado por uma estrutura adverbial que eleva a característica que o adjetivo apresenta.
Exemplo: Mariana é a mais bonita do time de vôlei.
Exemplo: Os livros de romance são os menos surpreendentes.
Os advérbios “mais” e “menos” junto dos respectivos adjetivos “bonita” e “surpreendentes” acrescentam sentido de comparação aos substantivos “Mariana” e “livros” em relação a um grupo maior de pessoas e objetos.
Quanto à formação:
Os adjetivos podem ser divididos em quatro categorias de acordo com a formação. Veja-as abaixo:
Primitivos e Derivados:
Os primitivos são os que dão origem a outros adjetivos.
Exemplo: leve, pardo, sujo.
Os derivados são aqueles provenientes de outros adjetivos.
Exemplo: leviano, pardacento, sujíssimo.
Perceba que os exemplos de derivados são respectivamente a derivação dos primitivos, assim você pode identificar com facilidade como eles funcionam e são aplicados.
Simples e Compostos:
Os adjetivos simples são constituídos por apenas uma palavra.
Exemplo: azul, luso, claro.
Os compostos são formados por duas palavras.
Exemplo: azul-marinho, luso-brasileiro, verde-claro.
Tipos de adjetivos:
Existem dois tipos de adjetivos quando se aborda a variação de gênero. Eles podem ser uniformes ou biformes. Entenda-os:
Uniformes:
São aqueles que não alteram conforme o gênero do substantivo a que se conectam.
Exemplo: O rapaz de terno é elegante.
Exemplo: A mulher de vestido vermelho é elegante.
Nos exemplos acima o adjetivo “elegante” é empregado da mesma forma para os dois gêneros (feminino e masculino).
Biformes:
São os que se alteram conforme o gênero do substantivo que acompanham.
Exemplo: A menina foi educada.
Exemplo: O garoto foi educado.
Nos dois caso, o adjetivo “educado” variou de acordo com o gênero do substantivo que acompanha e por isso é considerado biforme.
Resumindo…
O adjetivo é uma classe de palavra da morfologia qualifica o substantivo com o propósito de acrescentar característica e modificar seu sentido. Sempre concorda com o substantivo em número e gênero (biformes). De acordo com sua formação divide-se em primitivo, derivado, simples e composto.
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